sábado, 7 de maio de 2011

CORRUPÇÃO TOMA CONTA DA CIDADE DE TAUBATÉ

Não há dúvida que o governo Peixoto chegou ao fundo do poço. A cada semana surge uma revelação bomba e mais uma vez levanta-se suspeitas ou fica constatado que outra parcela do dinheiro público foi rechear a conta bancaria do prefeito ou de gente ligada ao ele, inclusive vereadores.

Os escândalos tomam conta da administração e a farra com dinheiro dos impostos sofridamente pagos pela população ganha proporções inimagináveis através de compras superfaturadas, desvios de verbas e obras desnecessárias, como as ridículas estatuas que a prefeitura espalhou pela cidade.

Enquanto segue o desmando administrativo, a dengue apavora a população, faltam remédios no pronto-socorro e nos postos de saúde. A precariedade do atendimento médico na cidade lembra países em guerra, com pacientes tomando soro em pé ou levados a usar medicamentos vencidos. Não é à toa que o desmando médico tem colocado a vida de pessoas em risco e, infelizmente, gerado mortes onde a vida deveria ser defendida.

O caos da administração Peixoto alcança todos os setores públicos, entre eles a educação, onde os professores, descontentes com o salário e com as péssimas condições de trabalho, compõem o setor mais organizado de oposição ao prefeito.

Mesmo governando a segunda maior cidade do Vale, Peixoto não consegue fazer coisas triviais, como a coleta rotineira do lixo. Não há ponto da cidade em que não se visualize sobras de todo tipo e restos de construções escandalosamente expostos.

Diante do caos a cidade começa, de forma organizada, a denunciar e a se opor a uma administração que perde credibilidade por excesso de erros e por práticas explicitas de corrupção. Nos últimos dias têm surgido na cidade diversas iniciativas pedindo a saída de Peixoto da prefeitura.

Como sinônimo do caos administrativo e da corrupção, não temos duvida que Pó prefeito já deveria ter sido banido de seu cargo e julgado por seus erros. Porém, não podemos ignorar que muitos dos que pedem a sua saída também uma história marcada por desmandos e estão envolvidos até o pescoço com atos de corrupção e danos aos cofres públicos.

Uma coisa é o clamor da população por mudanças moralizadoras na administração da cidade. Coisa bem diferente é a manipulação desse clamor por gente que fez tanto ou pior que Peixoto e que hoje cinicamente fala de ética em praça pública apenas com o objetivo de, através desse procedimento, chamar a atenção da população e reforçar-se eleitoralmente para voltar ao governo do município.

Quem está de fato preocupado em combater a corrupção na área pública precisa ter também disposição de combater os mecanismos geradores dessa forma de corrupção. Entendemos que apesar de necessário, chega a ser um ato superficial apenas cassar o mandato daqueles que cometeram crimes contra a administração. Vale muito pouco cassar políticos corruptos se continuarem intocadas normas e leis que conferem ao setor privado o privilegio de financiar campanhas apenas com o objetivo de, posteriormente, através do administrador eleito, extrair os lucros do investimento feito.

O que vemos em Taubaté hoje é o retrato sem retoques da relação corrupta entre o dinheiro privado jogado em campanhas eleitorais e, consequentemente, o pagamento feito à iniciativa privada com dinheiro arrancado dos cofres públicos através de mil maracutaias.  Diante disso, a defesa do financiamento público das campanhas eleitorais se torna algo inevitável.

A cassação do mandato de políticos corruptos, mesmo sendo imprescindível para o avanço da democracia, também não mexerá nos mecanismos geradores da corrupção enquanto as portas do estado estiverem abertas a toda forma de parcerias e privatização do serviço público.

Em Taubaté, não só no governo Peixoto, polpudas verbas estufam contas empresariais através da privatização do que é público. Um dos maiores escândalos desse governo se deu na área da educação, através da privatização do material pedagógico e do fornecimento de merenda escolar.

Atenção: não estou conseguindo finalizar o texto sobre corrupção. Portanto, peço a ajuda dos companheiros. Obrigado, Silvio.

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